Hoje o post é diferente. Dessa vez não darei dica de alguma comidinha gostosa e não vou falar de coisas bizarras que vejo pelo mundo da gastronomia. Ops, ou vou?
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Seu Miagui Bar no dia da inauguração |
Depois de ver uma incrível divulgação da inauguração de um novo bar, fiquei tentada a conhecer e provar os diferentes "petiscos" japoneses. Fui ao Seu Miagui, novo point no Itaim Bibi, dos sócios Bruno Dias, Pierre Grego e Pedro Sabie. A proposta do bar é trazer a culinária japonesa para a mesa do boteco e eu como uma boa cervejeira amei a ousadia.
E lá fui eu, afinal o release prometia a assinatura do chef Na Quiang, do restaurante Naga e uma lista de aperitivos como temaki em formato de canudo e sashimis cortados em cubos (????) - tudo em porções servidas com palitinhos, próprias para dividir.
Ao entrar no bar, referências ao filme Karate Kid nas paredes e ambiente com mesas de madeira, como pede um boteco. Na mesa um potinho com salgadinhos japoneses é o couvert da casa, que custa R$6.
Louca por uma cerveja bem gelada, daquelas de doer a goela, pedi uma Original: "Senhora, não temos Original, só trabalhamos com Itaipava, long neck", avisou o garçom. Ok, primeira decepção. Casa que tem como proposta ser um boteco e só servir cervejas long neck é pedir um primeiro tiro no pé, não é?
Pedimos o cardápio para escolher o aperitivo japonês e nos deparamos com um menu caro e raso. Cadê o sushi? Cadê o sashimi da culinária milenar que tanto apreciamos? Sashimi em cubos é sashimi? Ok. Vamos lá.
Pedi uma porção de sashimi selado no limão siciliano. Meu namorado foi de ceviche de robalo (Oi? Culinária japonesa ou peruana?). A segunda decepção: um potinho com alguns cubinhos de salmão, que nada tinham a ver com sashimis, afinal sashimi minha gente, não é feito em cubos. A comida nem parecia ser de um chef bacana. Cubos de salmão que até meu priminho de 4 anos seria capaz de fazer e jogar num molho que nada tinha a ver com limão siciliano.
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Outra porção de sashimis em cubos no palito |
Para dar sabor àquela porção cara e humilde de sashimis em cubos a solução foi deixar os cubinhos "de molho" no shoyo. Já o ceviche de robalo em cubos (novamente) estava correto. Ao reclamarmos do cardápio, o garçom, encabulado nos avisou de novo: Ainda estamos aprendendo, senhora!
Observamos ao nosso redor e percebemos que éramos os únicos que havíamos pedido os petiscos japoneses. Nas mesas, apenas drinks, cervejas, casais apaixonados e turmas animadas para um "esquenta". Nada de comida.
E para completar as decepções com o novo e badalado point, nos deparamos com um guardador de carros cobrando 10 REAIS para deixarmos o veículo ao lado do bar, sem seguro, sem proteção e pagando adiantado. E tudo com autorização dos donos do bar, senhorita!
Comida ali não é o forte. Bebida também não. A não ser que você goste mais de red label... ou ice!
Quem sabe, da próxima, não paramos por lá apenas para o "esquenta"?